Frotas
Com uma frota bastante ativa, os velejadores de Cruzeiro do Clube Naval de Cascais participam em diversas atividades, tanto em Cascais como em Lisboa e arredores. Os velejadores contam, todos os meses, com as Club Races, para além de outras regatas destinada a vela de cruzeiro, como o Cascais Vela, o Troféu Marina de Cascais e o Troféu Conde Caria.
A criação do Handicap CNC permitiu que todos as tripulações competissem em um mesmo evento em condições de igualdade, atraindo um maior número de participantes em todas as regatas.
Desenhado pelo Norte-americano William Crosby em 1931, o Snipe foi-se estabelecendo em todos os continentes e é um dos barcos com mais frotas espalhadas por todo o mundo. A classe Snipe é conhecida não só pelas suas empolgantes regatas, mas também pelo espírito de camaradagem existente entre todos, o que torna esta classe tão atractiva.
O Snipe é um barco com 4 metros e 70 centímetros, com duas velas, uma grande e um estai e tripulado por dois velejadores. Desenhado pelo Norte-americano William Crosby em 1931, o Snipe foi-se estabelecendo em todos os continentes e é um dos barcos com mais frotas espalhadas por todo o mundo. A classe Snipe é conhecida não só pelas suas empolgantes regatas, mas também pelo espírito de camaradagem existente entre todos, o que torna esta classe tão atractiva.
Sendo uma das classes mais antigas da ISAF (Federação Internacional de Vela), a classe Snipe mantém-se hoje como uma das mais competitivas e onde velejam os melhores e mais conceituados velejadores do circuito internacional. Prova disto é a presença de um grande número de velejadores que competem nos Jogos Olímpicos, nas mais variadas classes, competirem sempre nos campeonatos da Classe Snipe. Sem mencionar que a grande maioria dos velejadores com medalhas Olímpicas como Torben Grael e Mark Reynolds , são e foram em tempos velejadores da classe Snipe, o que faz com esta continue a ser uma das mais conceituadas classes da vela a nível mundial.
Photo:Aires Photo
Em Portugal a Classe tem uma frota bastante ativa, que tem procurado participar em diversas regatas de âmbito regional e nacional. A Associação Portuguesa da Classe Snipe, Snipe Portugal, tem procurado dinamizar e diversificar a atividade da Classe, com grande ênfase na participação em regatas nacionais e a nível Ibérico.
O Clube Naval de Cascais sempre teve velejadores de Snipe. Neste momento conta com poucas tripulações, mas que navegam todos os fins-de-semana e que têm participado activamente das provas do calendário desta classe.
O Troféu Maria Guedes de Queiróz – Campeonato Misto da Classe Snipe também contribuiu para o sucesso da Classe e para a ligação desta com o Clube Naval de Cascais. Criado pelo velejador Luís Guedes de Queiróz e organizado todos os anos pelo Clube Naval de Cascais, com o patrocínio do Dom Pedro Hotels, os "Mistos" conquistaram as mulheres que participam todos os anos neste que é o evento mais emblemático da Classe Snipe da região Ibérica.
Snipe – Serious Sailing, Serious Fun.
A historia da Classe Dragão em Portugal iniciou em 1947 com os barcos de António Guedes de Heredia e Count Caria que, segundo os registos, receberam os primeiros numerais P – 1 e P – 2, sendo que o primeiro foi utilizado nos Jogos Olímpicos de 1948 em Torquay onde António Capucho, António Guedes de Herédia e Henrique Sallaty obtiveram o 9º lugar. Nos 4 anos seguintes a frota cresceu para oito barcos.
Após os Jogos Olímpicos de Helsínquia foram comprados os barcos que haviam obtido a medalha de ouro e prata nos Jogos, que ao chegarem a Portugal receberam os numerais P-10 e P-11. Estes barcos continuam navegando nos dias de hoje, sendo que o P-10 foi totalmente restaurado por António Gentil Heredia, seu actual proprietário. Até 1964 a classe cresceu para 20 barcos, embora nem todos participassem de regatas. Após este período a classe teve um período de estagnação também devido ao facto de ter sido substituída pela classe soling nos Jogos Olímpicos.
A “Nova Era” da classe começou a partir de 1993 quando Patrick Monteiro de Barros e Carlos Ribeiro Ferreira chamaram alguns amigos da Classe Star e decidiram comprar 8 novos barcos e começaram a correr regatas regularmente. Os “fundadores” desta nova era foram Carlos Ribeiro Ferreira, George Scheder Bieschin, Alain Bonte, Jorge Pinheiro de Melo, Manuel Champalimaud, Ricardo Salgado, Patrick Monteiro de Barros e António Mardel Correia. No ano de 1994 se juntaram ao grupo José Matoso e António Gentil Heredia, e assim a classe viu os seus números de vela crescerem do POR 25 para o POR 34. Este mesmo grupo permanece competindo com regularidade em Cascais e Vilamoura, e em eventos internacionais como o Campeonato Ibérico em Saint Tropez, onde se comemorou os 75 anos da Classe Dragão.
Photo: Aires Photo
Um facto memorável é no historial da Classe refere-se a amizade e apoio recebido de Manuel Pereira da Silva, o “Patacas”. Proprietário de um estaleiro de reparações e construções de embarcações, estava sempre disponível para ajudar os velejadores. Seu desaparecimento em 2002 foi uma perda irreparável para toda a vela Portuguesa, em especial para os velejadores da Classe Dragão que criaram o Troféu Patacas para homenagear seu grande amigo.
De maneira a criar eventos internacionais em Cascais e atrair boas tripulações para velejar em Vilamoura e Cascais, foi introduzido em 1995 o Troféu “Prince Henry the Navigator Cup” a ser disputado no meio do Inverno, no Carnaval. Dois anos mais tarde Sua Majestade o Rei Juan Carlos ofereceu um troféu ao Clube Naval de Cascais de forma a lembrar o local onde ele aprendeu a velejar e competir, criando assim o “H.M.King Juan Carlos Trophy” que regularmente é realizado na época do Carnaval, juntamente com o Troféu Príncipe Dom Henrique.
Em 1998 o Clube Naval de Cascais organizou a Gold Cup que foi precedida pelo Troféu “H.M. King Juan Carlos” e que teve a honra de ter Sua Majestade o Rei competindo no evento. Foi um campeonato memorável, embora algumas das regatas tenham sido corridas com ventos fortes e com enormes ondas.
Fonte: Carlos Ribeiro Ferreira (tradução livre de uma comunicação feita em Julho de 2004).
Em 2008 o CNC voltou a ser sede de uma Gold Cup da Classe Dragão, novamente trazendo a Cascais a nata dos velejadores da Classe, com um grande número de velejadores vindos de outras classes, campeões olímpicos e velejadores de renome internacional. A criação das Dragon Winter Series também deu um grande contributo para o aumento da atividade da classe em Portugal e assim, todos os anos durante o inverno, diversas tripulações estrangeiras vem participar de 6 eventos (cinco Winter Series + o Troféu H. M. King Juan Carlos).
Em 2013 o Clube voltou a inscrever o seu nome na história da Classe com a organização do BMW Dragon European Championship, que teve vitória do Drago, de José Sotto Mayor Matoso, Gustavo Lima e Frederico Pinheiro de Melo.
Em 2014 o Clube volta a organizar as Winter Series e o Troféu do Rey, onde é esperada a participação de toda a Frota Portuguesa e de diversos velejadores estrangeiros.
O surgimento da frota da classe SB20 em Portugal teve como ponto de partida o reconhecimento de um conjunto de amigos velejadores, quase todos com experiência internacional em classes Olímpicas, que não encontravam de entre as alternativas que existiam no país, um barco que lhes desse prazer andar e que lhes permitisse fazer regatas, com e contra os amigos, dentro das limitações profissionais e familiares que agora encontravam.
O que procuravam era um barco moderno, em que o factor físico não fosse importante de forma a podermos andar com os amigos ou família, que não precisasse de muitos tripulantes, tão difíceis de reunir semana após semana, e que o factor financeiro não fosse preponderante, portanto preferencialmente um One Design.
Após um período de cerca de um ano de procura nos novos modelos que iam aparecendo nos mercados Internacionais, surgiu, no inicio de 2004 a hipótese do SB20, que na altura chamava-se "Laser SB3", e que encaixava perfeitamente no que procurávamos, para além do factor sentimental de ser desenhado pelo arquitecto naval português mundialmente reconhecido, Tony Castro, estabelecido à muitos anos na Inglaterra e na Irlanda.
Photo: Ricardo Pinto
O primeiro trabalho foi o de contactar o fabricante, a Laser Internacional, que nos encaminhou para o representante em Portugal, a Bicasco. O passo seguinte foi o de começar a reunir nomes de potenciais interessados e de convencer a Bicasco de que o projecto tinha futuro mas que seria indispensável trazer um barco para Portugal de forma a que os candidatos o pudessem experimentar antes de tomar a decisão.
A Bicasco conseguiu que viesse um barco de demonstração, e entretanto foram feitos os convites a mais de 70 velejadores da zona centro. De entre estes, 50 vieram a experimentar o barco durante os meses de Abril e Maio, tendo a aceitação sido enorme, tendo de imediato surgido as primeiras 3 encomendas, que se revelaram fundamentais para a concretização desta iniciativa. Depois disto o sucesso foi incontornável, fazendo com que atualmente seja uma das maiores frotas do Clube. No meio do caminho a classe mudou de nome e agora chama-se SB20.
Neste momento são mais de 25 tripulações no CNCascais, todas extremamente ativas. O circuito de regatas cpnta com diversas provas regionais e nacionais e a já tradicional Regata das Famílias que conta todos os anos com mais de uma centena de participantes.
O Barco
O SB20 tem sua origem no Laser. Foi projectado por Tony Castro seguindo as inovações que surgiram do desenho original do Laser quando foram desenvolvidos Lasers para dois tripulantes (Laser 2), Laser com Spinnaker (Laser 4000), entre outros.
O SB20 é um barco para três tripulantes. Tem uma vela grande, um estai e um spinnaker, além de possuir uma quilha ao invés do patilhão. Mas segue o conceito da classe de os barcos serem “one design”, ou seja, todos iguais, não aceitando modificações no desenho original.
Ficha Técnica
Dimensões
Comprimento 6,10m
Largura 2,15m
Altura do mastro 9,05m
Area Vélica
Vela Grande 18m2
Estai 9,3m2
Gennaker 46m2
Pesos
Total 625 Kg
Quilha 330kg
Peso Máximo da Tripulação 270 Kg
Numero máximo de tripulantes 4
Número mínimo de tripulantes 2
IRC Handicap 0,970
Arquitecto: Tony Castro